Situado numa zona de transição entre três grandes biomas brasileiros: o Cerrado, o Pantanal e a Amazônia, o Parque Estadual Cristalino II é um dos mais ricos do país em termos de biodiversidade[1], abrigando cerca de 600 espécies de aves catalogadas, das quais 25 estão na Lista Oficial das Espécies Ameaçadas de Extinção do Ministério do Meio Ambiente. Um estudo realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT/Sinop) identificou 60 espécies de anfíbios, 82 espécies de répteis, 39 espécies de peixes e 98 espécies de mamíferos de médio e grande porte, sendo que 11 também estão consideradas em risco de extinção. A Unidade de Conservação, localizada dentro da floresta tropical amazônica, no norte do estado de Mato Grosso, foi criada precisamente devido à necessidade de assegurar a proteção total da floresta primária, das suas nascentes, corredeiras, quedas d’água e sítios arqueológicos. Os serviços ambientais prestados pelo Parque Cristalino são essenciais para a agricultura, assegurando temperaturas amenas e a geração de grandes quantidades de umidade que, transportadas pelo vento, garantem chuva para a região circundante e para o sudeste do Brasil. [1] Biodiversidade alfa, em relação à variedade e abundância de espécies dentro de uma comunidade.